quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Somos Personagens!

Texto publicado no informativo Canções do Espírito na edição nº 3 jul/ago 2007
Somos obra da criação e o nosso próprio criador
O grande segredo é Acreditar! Somos o que acreditamos. Somos capazes de construir o mundo que quisermos, seja o nosso mundo interior ou exterior. Mas antes de tudo é preciso acreditar. Acreditar em nós mesmos. Somos capazes de criar quem somos e de nos reconstruir a cada dia. Somos aquilo que nós criamos.

Tudo é criação!

Realidade e ficção são criações! Criamos quem somos porque somos aquilo que acreditamos. Real é aquilo que eu acredito e dou o valor de verdade. E se a verdade é o que se deseja acreditar... Tudo é ficção! E ao mesmo tempo, tudo é real! Somos objetos da nossa própria criação! Então: Somos personagens!

No mundo dos conceitos, a verdade é aquilo que está em conformidade com o real. Atribuímos o sentido de real aquilo que existe efetivamente, o que os nossos sentidos são capazes de apreender, ou seja, nossas experiências perceptivas através do tato, olfato, paladar, visão e audição. A ficção fica no campo daquilo que se opõe ao concreto, é a criação ou invenção de coisas imaginárias, o ato ou efeito de fingir, o simular, a fantasia.

O que não se pode negar é que criamos o nosso próprio jeito de ser, decidimos a todo o momento em que vamos nos transformar, traçamos nossos próprios caminhos, mesmo sem saber no fim aonde eles vão dar por mais que nossas escolhas já o apontem. E essas coisas acontecem de forma orgânica por isso quase não nos damos conta. Somos protagonistas da nossa própria história, somos personagens, e nessa trama podemos escolher o final.

Mas para estar atento a nossa criação não bastam conhecer o espaço pessoal (o íntimo, o “eu”), o espaço parcial (eu no espaço que o meu corpo ocupa) e o espaço global total (eu e o mundo exterior a mim), aos quais são ativadas as percepções e apreensões de si e do mundo. É importante se permitir a ser, a estar, a fazer e a sentir.

A construção de um personagem parte das experiências pessoais do ator e do entendimento que se tem sobre as próprias emoções e reações possíveis à determinada situação. Evidentemente que anterior a isso é fundamental ter uma idéia clara da história, do contexto e do personagem. Mas para que a criação se torne possível é preciso acreditar, tanto na arte quanto na vida.
Crie! Você pode ser o que quiser basta acreditar.